segunda-feira, 25 de maio de 2009

Fuck preparation. They have desenrascanço!

Hoje encontrei na net um artigo sobre as 10 palavras estrangeiras mais fixes de que o inglês precisa. Para minha grande surpresa a palavra que mereceu o primeiro lugar foi o português "desenrascanço". Confesso que dei algumas gargalhadas aqui à frente do monitor:




The 10 Coolest Foreign Words The English Language Needs

Desenrascanco (Portuguese)

Means: To pull a MacGyver.

This is the art of slapping together a solution to a problem at the last minute, with no advanced planning, and no resources. It's the coat hanger you use to fish your car keys out of the toilet, the emergency mustache you hastily construct out of pubic hair.

What's interesting about desenrascanço (literally "to disentangle" yourself out of a bad situation), the Portuguese word for these last-minute solutions, is what is says about their culture.

Where most of us were taught the Boy Scout slogan "be prepared," and are constantly hassled if we don't plan every little thing ahead, the Portuguese value just the opposite.

Coming up with frantic, last-minute improvisations that somehow work is considered one of the most valued skills there; they even teach it in universities, and in the armed forces. They believe this ability to slap together haphazard solutions has been key to their survival over the centuries.

Don't laugh. At one time they managed to build an empire stretching from Brazil to the Philippines this way.

Fuck preparation. They have desenrascanço!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Dúvida

Não me sinto mais sábia. Pelo contrário. Perdi as certezas...

Então é isto, ter quarenta anos?

E agora?... Como continuar?

Uma luz, por favor, uma luz...

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Adeus Balzac

Despeço-me de Balzac com um estranho travo na boca de década ainda não vivida e, no entanto, já passada.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Raisparta as flores!

Para além das muitas qualidades que reconheço e amo no povo russo (leia-se nos eslavos russófonos em geral) há outras que, realmente, me tiram do sério. Uma delas é a porcaria das flores! Não me refiro a porcaria no sentido literal da palavra que suja, mas a porcaria como exclamação daquilo que os brasileiros dizem encher o saco.
O contacto entre culturas é uma coisa sadia, principalmente se tiver cariz sexual por detrás (leia-se "por detrás" metaforicamente, que isto no sexo inverte logo o sentido das coisas). E os portugueses, generosos dadores de sémen por esse mundo fora, conhecem melhor que ninguém esta tão grande verdade: digam lá o que disserem, qualquer coisa que se mova e tenha um buraco no meio é, para o bom do bom português, eventual receptor cultural!
Para o espécimen macho lusitano copular com as russas não é um acto sexual exótico - é antes um desígnío de expansão cultural. Entre beber vodka e ler Dostoievski, o diabo que venha e escolha. Temos cá o vinho para beber e o Bocage para ler. Eis a cultura no seu esplendor lusitano! Ora daqui facilmente se depreende que o macho tuga pouco precisa para iniciar o ritual de aculturização com as russitas que em terras de Tejo e Douro desembarcam. Elas, educadas que são para serem o centro de coisa nenhuma e achando-se mais bonitas, meigas, intelectuais e claras que todas as outras mulheres do mundo, não entenderam ainda a grande verdade do lusitano esperma: fossem elas feias, brutas, imbecis e escuras fariam igualmente parte da selecção natural da vida. Para o macho português tudo o que vem à rede é peixe, mesmo sendo caranguejo!
E neste turbilhão cultural de trocas de humores, elas, na avaliação que sempre fazemos dos homens que nos lambuzam, não encontram maior defeito nos portugueses que o facto de «não serem cavalheiros por não oferecerem flores!». Mas dizem isso com um tal desdém, com uma tal soberba, como se nada de mais grave existisse no mundo.
Parto em defesa de nossos machos! Raios as partam a elas e mais às flores delas! Mas isso é defeito que se ponha a alguém???
Vejam lá se não vos cai o Carmo e a Trindade em cima por não receberem flores!... Ora, francamente!...
Defeito de homem é não plantar a flor connosco. Isso é que é o defeito.
Agora ir ali à loja da esquina e comprar umas florzecas murchas que, ironicamente, serão arranjadas por outras mulheres, e que trazem já no caule cortado o prenúncio da morte é, no mínimo, bizarro, para não dizer macabro. E, já agora, porquê oferecer um ramo de flores e não uma tijela de arroz xau-xau?... em questões práticas seria menos ridículo e bem mais proveitoso para recuperar as forças depois da noitada de sexo.
Desde quando é que comprar flores é qualidade que se preze??
Se elas gostam de receber flores, por mim, sinceramente, tudo bem. Viva a democracia! Agora que achem que o que elas acham é o que se acha no homem, já é demais. E como se não bastasse, que elas achem ainda que o que nós achamos não é perdido nem achado para o valoroso espermatozoide lusitano é inadmissível!! Então andamos nós, valentes mulheres lusas, inconformadas, a ensinar há mais de 800 anos os nossos homens a usar as flores para fazer revoluções e vêm elas agora apoderar-se dos nossos caules?
Ah não!! Sirvam-se à vontade dos nossos homens - chegam para todas. Mas não se sirvam da nossa arma revolucionária para fazer filhos por gosto!
Raisparta as vossas flores! Deixem os nossos cravos andarem selvagens nas ruas à mercê do vento e não aprumados em aniversários ranhosos com hora marcada!

domingo, 3 de maio de 2009

Mãe

Mãe
É aquela que nós somos
Antes de sermos nós.