quinta-feira, 3 de junho de 2010

O Público e o Privado

Há coisas por contar.
Muitas coisas.
Claro que não todas as coisas, que isto não é um diário, é um site público, e há coisas privadas. Mas as coisas, tal como as conversas, são como as cerejas - come-se uma e vem outra atrás. Entre privadas e públicas, algumas se hão de salvar da censura interna.

No entanto o tempo, ao contrário dos chapéus, é pouco. Estarei, se entretanto não for despedida, no teatro de Almada até ao final do Festival Internacional de Teatro. Estou a tratar dos textos dos russos e vou ajudar a montar a luz pois "eu pareço gostar de luz", segundo o diretor do teatro.

Pois pareço...

*aqui tive vontade de chorar e de partir a casa toda*

Estive em Paris, cinco dias. Cinco maravilhosos dias. Com uma pessoa maravilhosa (aqui entra o privado).

Fiquei com vontade de reaprender francês.

Fiquei também com vontade de ter muito dinheiro para poder viver entre Lisboa, São Paulo e Paris (com umas escapadas à Rússia para treinar a língua).

Acho que tenho de começar a executar este plano! A primeira coisa que tenho de fazer é arranjar um trabalho bem pago. Sim, parece-me um bom plano! (que não pensem que isto no teatro me está a pagar as contas, que não está. Já ouviram falar do amor à arte e do medo à loucura? Pois é.... por amor à arte e para não ficar louca estou a aceitar qualquer coisa, só para poder estar com pessoas, falar com pessoas, ver pessoas... ah... as pessoas).

O Eduardo... sim... o Eduardo escreveu-me. O Eduardo eternece-me a alma. E mais não digo que é privado.


PS - Não é engano não, é "eternece-me" mesmo!! Ou pensam que é só o Mia Couto que pode?

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