sábado, 27 de outubro de 2007

INSÓNIA

Cortante desliza por mim
O lânguido silêncio da noite,
Abrindo-me chagas na carne
E deixando-me sal nos olhos.
Tal viúva negra
Que tece lentamente
As teias do meu caixão.

Vencida jaz minh’alma por fim!
E a negritude da noite
- como chocolate, puro e amargo -
Derrete-se na boca de Morfeu
Fazendo-o esquecer-se de mim!

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